Como escolher um terreno?

O primeiro passo para realizar o sonho de construir sua casa é encontrar o terreno adequado. Como proceder nessa escolha? Alguns aspectos são importantes de serem observados a fim de acertar nessa escolha. Conheça 10 pontos importantes de serem avaliados para escolher:

1 Tenha em mente seus desejos para esse terreno: Como é a casa que você imagina? Ampla? Térrea? Com possibilidade de ampliação futura? Com quintal? É importante que dela você tenha uma vista ampla? Ela estaria próxima da natureza? É fundamental estar em local silencioso?

Algumas destas perguntas estão relacionadas ao próximo item, a localização.

2 Localização: que tipo de entorno você deseja para seu terreno? Rural? Urbano? Um bairro residencial? Próximo ou afastado do centro da cidade? Servido de transporte público? Que tipo de comércio e serviços é importante ter fácil acesso? Quem são os vizinhos: parques, praças, casas baixas, ou são prédios muito altos que podem bloquear o sol ou a vista? Fique atento à dinâmica daquele entorno, da rua, o movimento de veículos, de pessoas, se há barulhos habituais incômodos – o ritmo desse lugar corresponde ao que você deseja e procura?

Por isso, é fundamental alertar: nunca compre um terreno sem visita-lo pessoalmente!

3 Tamanho: a área do terreno em metros quadrados deve ser adequada à sua demanda – que é a necessidade aliada ao desejo. É possível realizar com essa área o programa que você deseja? (Programa – de modo sintético, programa é a relação de tudo que você quer e precisa que a casa apresente. Por exemplo: quantos quartos, banheiros, se há quintal, escritório, como você usa/pretende usar a casa, se recebe amigos com frequência, quantas pessoas vão morar ali, o que gosta de fazer em casa – estas e outras questões precisam ser conversadas com o arquiteto antes de iniciar o projeto, para que o projeto contemple exatamente o que você busca, e se adeque ao estilo de vida de cada pessoa). Avalie também a funcionalidade: a manutenção dessa área será viável? Tanto se for toda construída como se for ficar com uma grande área livre – não-construída, para que futuramente não se torne um desgaste a preocupação de mantê-la limpa e organizada.

4 Valor: faça uma boa pesquisa para se atualizar dos preços praticados pelo mercado na região que você deseja no momento da compra. Isso te dará base para avaliar o valor daquele terreno para você: pesar a relação entre o preço que está sendo pedido e o que o terreno oferece a você, se atende às suas metas e desejos. Importante: saiba o valor que você poderá investir na compra. Quando se trata de investimentos financeiros é necessário cautela: não dê um passo maior do que a perna para que o sonho não vire um pesadelo! Se precisar, procure um profissional que te ajude a fazer um planejamento financeiro.

5 Relevo: o terreno é plano ou em declive? Terrenos planos, em geral, permitem mais liberdade projetual, isto é, mais possibilidades de implantar a casa e dispô-la no lote sem preocupação com a “caída” do terreno. Entretanto, um bom projeto arquitetônico é capaz de tirar partido de um terreno íngreme, utilizando essa característica a favor do resultado final. Terrenos bastante íngremes em geral têm preço menor se comparado com terrenos planos na mesma localização. É possível que a obra exija mais investimentos em estrutura, para construção de muros de contenção, por exemplo. Porém, isto não é uma regra, variando conforme cada caso.

6 Tipo de terreno: observe a largura do terreno. Um terreno estreito, isto é, que tem frente ou testada pequena, pode oferecer alguns desafios na etapa do projeto para conseguir boa iluminação e boa ventilação para a casa. Um terreno largo favorece a distribuição de janelas e outras aberturas, que devem obedecer a afastamentos laterais da edificação em relação ao limite do lote, exigidos pela legislação local. Um terreno largo aumenta as possibilidades de disposição da casa.

7 Orientação solar: onde está o sol nascente (leste)? E o sol poente (oeste)? Qual a posição do terreno em relação ao sol? Este ponto é simples e indispensável de verificar. Se a maior porção do terreno é leste, receberá mais o sol da manhã. Se for norte, receberá sol a maior parte do dia. Se for oeste, receberá mais o sol da tarde, que em geral é mais quente (mas possibilita ver o pôr-do-sol!). Se for sul, recebe pouco sol durante o dia todo. É importante estar ciente disso, mas de qualquer modo, o projeto arquitetônico vai distribuir os ambientes de modo que cada um receba a insolação que lhe é mais propícia (por exemplo, para os quartos o sol da manhã é bem-vindo, enquanto que para secar as roupas do varal o sol oeste funciona muito bem!). O importante é que o projeto pense na iluminação natural para toda a casa.

8 Ventilação: o terreno é alto ou fica em uma baixada? O entorno é descampado ou todo edificado? Estes pontos, associados aos ventos predominantes no local, vão indicar se a circulação de ar será favorável. Mais uma vez vale ressaltar que o projeto arquitetônico deverá ser pensado e resolvido de modo a favorecer a ventilação natural na casa, trazendo conforto e saúde.

9 Presença de vegetação (massas vegetais): há mata no terreno? Há situações em que, por lei, algumas árvores não podem cortadas. Certifique-se disso. Árvores antigas e frondosas em seu terreno podem ser muito bem-vindas, em vez de cortá-las é possível tirar partido delas e integrar no projeto, trazendo um charme único para a casa, além da presença saudável de um elemento natural. O resultado pode ser bem interessante!

10 Tipo do solo: Arenoso? Argiloso? Rochoso? Cada tipo de solo pede um tipo de fundação – a base da construção sobre a qual a casa será apoiada. Solos arenosos e argilosos apresentam movimentação natural ao longo dos anos, por isso há fundações e estruturas adequadas que consideram esse fator. Um solo estável é o mais indicado. Se houver dúvidas em relação a isso, consulte um engenheiro civil com experiência em fundações.

Por fim, faça uma boa escolha!

Espero que este artigo tenha te ajudado!

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